quarta-feira, 15 de maio de 2013

Inclusão Escolar, não é nenhum bicho de sete cabeças!


Publicado originalmente em De noiva a mãe
Fonte: Google Imagens
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Artigo da Revista Mundo da Inclusão, escrito por Mariana Lopes do blog Inclusão também é moda.
Tendo andando muito por aí...e vejo sempre o mesmo discurso, não estou preparada, não tenho jeito, não tenho o dom, não acredito, não tenho especialização, frente a proposta da Inclusão escolar....e, concordo em parte com tudo isso que tenho escutado, mas precisamos ter cuidado com o preconceito, a  acomodação e o medo. Muitos desses discursos quando paramos para analisar a prática são  desconstruídos, muitas vezes são ditos pois os profissionais não sabem de fato o que seria incluir , como deve ser feito o processo ideal de inclusão, e não por não saber fazer inclusão,logo temem e a estratégia mais fácil é a resistência, rejeição e a fuga desse desafio.
Antes de temer a algo, é necessário primeiro conhecer, avaliar e analisar, sem o pré -conceito, que é o que exatamente acontece, julgamos e resistimos  sem antes tentar ou saber que é possível...Muitos professores os quais já conversei, mantem esse discurso, sempre colocando a Inclusão como algo necessário  de especializações, muitas formações, muito estudo e algo bem distante da nossa realidade, como se fosse algo que fosse além da obrigação enquanto professor,sempre querendo colocar para  o professor da sala ao lado, querendo “fugir”desse desafio. Curioso, alguns desses  professores quando avaliados,  já possuem uma prática inclusiva e nem imaginam que fazem inclusão.

Concordo sim, que precisamos de informações, formações e especializações, como qualquer outra profissão mas, sobretudo interesse. Parto do principio que para a inclusão acontecer temos que seguir os três “As”, que considero como um segredo do sucesso:
  • Acolher

  • Acreditar

  • Agir


Sem essa base não é possível, mas não suficiente, além de ter uma educação continuada é necessário termos interesse, sensibilidade e ética profissional, pois quando escolhemos nossa profissão, sabíamos que a educação é um direito de todos, onde estão incluídos, os alunos  mais inteligentes, rápidos, com dificuldade, mais lentos, sem um braço, sem enxergar, com fala rápida, sem fala, que anda, em cadeira de rodas, com autismo, sem autismo, com síndromes ou transtornos.

Sou pedagoga, sei das dificuldades, dos desafios, das angustias, dos fracassos, tanto da realidade privada, como pública, mas sei também das possibilidades,das vitórias, das gratificações, alegrias e sucessos,  sou uma aliada dos meus colegas professores e estou na luta para facilitar nosso trabalho, sei que não é tão simples, mas precisamos correr atrás e garantir com qualidade esse direito que todos os alunos com algum tipo de deficiência tem, o direito a um ensino regular de qualidade.

Vamos professores, vamos investir e acreditar mais em nós mesmos e em nossos alunos!